A escola é um dos setores da sociedade que mais resistiu às mudanças tecnológicas, enquanto os comportamentos e formas de consumo se alteravam em uma velocidade jamais vista, a escola se mantinha fiel ao modelo carteira, lousa, material didático físico e professor.
As tecnologias sempre adentravam na sala de aula de maneira muito discreta, pontual e não representavam grandes alterações metodológicas e didáticas, tampouco na postura de alunos e docentes.
Com a necessidade de isolamento social a escola precisou se reinventar da noite para o dia, e de repente, as aulas que foram suspensas em 23 de março de 2020 não foram mais as mesmas.
No momento em que os professores tiveram de aprender a usar ferramentas digitais para elaborarem suas aulas, descobrir aplicativos para desenvolverem seu trabalho e minimizarem os impactos do cancelamento das aulas presenciais, uma nova cultura começou a se formar.
Uma das frases mais impactantes atribuída a Albert Einstein diz que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará a seu tamanho original”, e é exatamente isso que estamos vivenciando neste momento.
Professores desabrocharam para novos saberes, estão experimentando as possibilidades que a tecnologia oferece para favorecer o ensino.
Alunos estão descobrindo que podem planejar e organizar sua jornada, vendo e revendo conteúdos a seu tempo e no espaço que mais lhes agrada, contribuindo para a tão almejada personalização da aprendizagem.
A gestão descobriu o poder do home office na produtividade dos setores administrativos, além das facilidades nas reuniões com pais e professores. Os primeiros, muitas vezes não conseguiam liberação no trabalho para um bate papo sobre o filho, e o corpo docente que tem horários e dias diferentes na instituição, invariavelmente eram impedidos de participar de encontros importantes para alinhamentos e conteúdos pedagógicos.
Os pais estão acompanhando e compreendendo melhor as dificuldades e facilidades dos estudantes, comprovando a evolução destes no desenvolvimento da autonomia e na aquisição de maior habilidade com as ferramentas digitais.
Em toda escolha há uma renúncia, a cada ganho pode se ter perdas também. As sociais são irreparáveis, a falta do contato, do abraço, do bate-papo nos corredores. Mas crescer dói, foi preciso se despir, desconstruir, para começarmos a construir uma nova história.
A evolução tecnológica esperada para os próximos 3 a 5 anos está ocorrendo em 3 meses e é esse o maior legado que a pandemia deixará para a educação. Estamos vivenciando essa evolução em tão pouco tempo e, depois que tudo isso passar, a educação será híbrida.
O Ensino Híbrido ou Blended Learning deriva do ensino on-line, 100% digital. Mas encontra, na conexão do mundo digital e físico, o equilíbrio para uma escola mais aberta, é o que possibilita a ampliação da visão de mundo dos estudantes.
Momentos de aula on-line e presencial. Os propósitos são distintos, as intencionalidades bem definidas, e ambos com grandes oportunidades de crescimento a todos os envolvidos.
Os recursos digitais aprendidos durante o período de isolamento serão incorporados à sala de aula e à nova cultura educacional que está se instaurando na escola. Portanto, torna-se cada vez mais urgente a necessidade de entender quais são eles, como podem contribuir para a aprendizagem e, acima de tudo, estar aberto à novas possibilidades que o mundo digital tem a oferecer.
O impacto mais positivo de tudo isso é a aproximação que trará na relação professor-aluno, todos falando a mesma língua, compreendendo o que as duas ou três gerações têm a compartilhar entre si.
Uma nova escola já começou, com novos olhares e percepções. É o momento de refletir, recriar, reorganizar, ressignificar… Vamos juntos?!
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