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Estudar como prática de liberdade


Parece antagônico apresentar esse pensamento enquanto professores estão agarrados às suas grades curriculares, aos seus planejamentos e leituras. E muitos alunos se encontram presos às suas séries, matérias e tarefas. Quando estudantes, nem sempre temos claro para onde estamos indo e onde podemos chegar. O contexto da educação bancária e dissociativa faz com que muitos aprendizes esqueçam da parte mais interessante de seu papel. O de descobrir o mundo com seus próprios olhos, entendê-lo e, se tiver coragem, culminar forçar de agir sobre ele.



Em uma sociedade determinista que em sua estrutura vai delegando quem faz o quê, para quem tem mais poder, poder escolher onde estar e como ser é uma regalia de poucos. Vejo o estudo como prática de liberdade porque é uma ferramenta efetiva de movimentar-se diante a mudança constante do mundo. 

 Penso no estudar como uma forma de construir novas realidades, por isso, prática que liberta. Liberta do hoje que me aprisiona. À luz do pensamento de Paulo Freire retomo que “existir é um conceito dinâmico. Implica uma dialogação eterna do homem com o homem sobre o seu contorno (…) sobre os desafios e problemas e isso o faz histórico.

Estudar amplia a forma de entender o mundo, mas é um processo árduo em comparação ao conforto proporcionado pela ignorância. Quanto mais as mídias se encadeiam ao deleite da mediocridade, menos a sociedade percebe suas dores, desafios e limites. Nos tornamos ignorantes simplesmente por ignorar. Se desconheço meus direitos, não sinto falta do que perco em meio ao retrocesso. 

Estudar exige do indivíduo um posicionamento ativo, crítico e um traço de fé, rumo ao desconhecido.

Vai além da noção de entender conceitos. Estudar é o mapa que nos situa em qual margem distancio-me da ignorância. Como um mapa tende a mostrar os caminhos, o estudo tende a gerar possibilidades. E desta forma, auxilia o indivíduo a situar-se e caminhar rumo ao que se quer. É preciso que o estudante de hoje saiba que ele faz a revolução quando coloca um livro em sua mão e para o projeto de transformação social é preciso de muitas.  

Escrito pela prô – Bruna Viana

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